domingo, 19 de setembro de 2010

Mortes de mulheres por complicações no parto caem 34% em 18 anos no mundo

Apesar da queda de 546 mil óbitos em 1990 para 358 mil em 2008, o fenômeno ainda é frequente em países mais pobres, na África e na Ásia


CARLOS ROBERTO
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OMS atribui queda de mortes à formação adequada das parteiras e melhoria hospitalar
BRASÍLIA – A mortalidade de mulheres em consequência de problemas de gravidez e complicações no parto caiu 34% na comparação entre os anos de 1990 e 2008. Em 1990, foram registradas 546 mil mortes, enquanto em 2008 foram 358 mil. Mas ainda ocorrem cerca de mil mortes diárias de mulheres em decorrência de problemas relacionados à gestação.

A conclusão é do relatório Tendências da Mortalidade Materna, divulgado nesta quarta-feira (15) pela Organização Mundial da Saúde (OMS), pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa) e Banco Mundial.

Os especialistas informam que, apesar da redução, as mortes de mulheres grávidas ainda são frequentes principalmente nos países mais pobres, na África e Ásia. O estudo examinou a realidade das gestantes em 87 nações. As principais causas de mortes são hemorragia depois do parto, infecções, hipertensão e abortos.

“O risco de uma mulher em um país em desenvolvimento morrer de causas relacionadas à gravidez é aproximadamente 36 vezes maior do que para aquela que vive em um país desenvolvido”, afirmou a diretora executiva da OMS, Margaret Chan.

Segundo ela, os governos dos países onde as mulheres enfrentam mais riscos de morte têm buscado efetivar ações para evitar as mortes. De acordo com a diretora executiva, entre as medidas adotadas estão o incentivo à formação adequada para as parteiras e melhorias nas infraestruturas dos hospitais e centros de saúde.

O diretor executivo do Unicef, Anthony Lake, afirmou que o objetivo é desenvolver ações que melhorem a qualidade global da saúde materna e salvem vidas. Para ele, é fundamental que as medidas sejam adotadas em regiões menos privilegiadas, nas zonas rurais, nas áreas onde estão as famílias mais pobres e as minorais étnicas, além dos locais em conflito bélico permanente.

Para a diretora executiva do Unfpa, Thoraya Ahmed Obaid, os órgãos públicos e as entidades civis organizadas têm obrigação de garantir que a mulher consiga ter uma gestação segura e que a criança nasça bem. Segundo ela, um dos projetos que devem ser incentivados é a formação de profissionais de saúde, além de mais investimentos na área da saúde reprodutiva.

fonte:www.hojeemdia.com.br


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