quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Anvisa alerta sobre anticoncepcional com hormônio drospirenona




A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) divulgou, nessa segunda-feira, um alerta para médicos e pacientes sobre reações adversas em mulheres que tomam anticoncepcionais com o hormônio drospirenona.

"Considerando estudos recentes publicados no 'British Medical Journal' e no sítio eletrônico do FDA (agência reguladora de remédios nos EUA), que sugerem um risco aumentado de formação de coágulos sanguíneos em mulheres que tomam anticoncepcional contendo o hormônio drospirenona, a Anvisa informa aos profissionais de saúde e pacientes que ainda não concluiu parecer definitivo sobre os mesmos, mas permanece acompanhando o assunto", diz o informe.

A substância está presente, por exemplo, nas pílulas mais vendidas pela Bayer --YAZ e Yasmin.

A agência mantém, até segunda avaliação, a comercialização desses anticoncepcionais no país e afirma que o perfil risco-benefício da substância continua favorável a sua utilização, desde que seguida a bula e sob supervisão médica.

O alerta orienta médicos a conversarem com seus pacientes sobre sinais e sintomas do tromboembolismo venoso e pulmonar. Pede ainda que os profissionais de saúde a informem à Vigilância Sanitária sobre reações adversas graves pelo uso da substância.

ESTUDO

O novo estudo divulgado pela FDA na quinta-feira (27) mostra que existe um risco maior de trombose venosa em mulheres que tomam anticoncepcional contendo o hormônio drospirenona, em comparação às que tomam contraceptivos mais antigos, à base de levonorgestrel.

A pesquisa analisou o histórico médico de mais de 800 mil mulheres norte-americanas que usavam diferentes métodos contraceptivos, entre 2001 e 2007.

Em média, aquelas que tomavam Yaz tinham uma chance 75% maior de sofrer trombose do que as que tomavam anticoncepcionais mais antigos.

No entanto, estudos recentes chegaram a conclusões diferentes sobre os riscos das novas pílulas anticoncepcionais.

Uma pesquisa publicada no início da semana passada, com mais de um milhão dinamarqueses, descobriu que mulheres que tomavam Yaz e outras medicações mais novas tinham o dobro de risco de trombose em relação às que tomavam o hormônio levonorgestrel. As descobertas foram divulgadas na terça-feira (25) no "British Medical Journal".

Outros dois estudos publicados em 2007, realizados como parte das exigências pós-comercialização da FDA e de reguladores europeus, não encontraram diferença no risco de trombose entre os dois grupos.

O presidente da comissão de contracepção da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), Rogério Bonassi, disse que as mulheres que tomam Yaz ou Yasmin não devem necessariamente interromper o uso da pílula.

"Numa população de jovens que não tomam pílula, há cinco casos de trombose venosa para cada 100 mil mulheres. Entre as que tomam anticoncepcionais à base de levonorgestrel, esse risco sobe para entre 15 e 20 casos para cada 100 mil. Já entre as jovens que tomam Yaz e Yasmin, esse número sobre para de 25 a 30 casos para cada 100 mil, segundo estudos. O número é muito parecido."

O especialista ainda explica que entre as grávidas, há 60 casos de trombose para cada 100 mil mulheres.

Os resultados precisam de comprovação científica para saber se a trombose venosa é um efeito desses anticoncepcionais ou se é igual a todos os outros, disse Bonassi.

"Qualquer pílula pode aumentar o risco de trombose, porém o risco absoluto é muito baixo."

Mulheres com histórico familiar de trombose, trombofilia, obesidade, sedentarismo e tabagismo têm risco aumentado.

OUTRO LADO

Procurada pela Folha, a Bayer informou que está avaliando o conteúdo do estudo dinamarquês publicado no "BMJ" e, por isso, ainda não pode comentá-lo.

Em nota, a empresa declarou que "dados clínicos de um período de mais de 15 anos e os resultados de estudos de segurança realizados pós-comercialização de até dez anos dão suporte à conclusão da Bayer de que os contraceptivos orais combinados que contêm drospirenona em sua formulação são seguros e eficazes quando utilizados conforme indicação médica. A companhia entende que o risco de trombose relacionado a eles é similar a qualquer outro contraceptivo de baixa dose".

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

5 dicas valiosas para saúde da mulher


Se alimentar bem não é fácil e a alimentação reflete em nossa aparência estética e no nosso bem estar psicológico e físico.

Andrea Dario Frias, que é coordenadora do Centro de Pesquisa Sanavita e PhD em nutrição pela ESALQ - USP (Universidade de São Paulo) dá cinco dicas para saúde das mulheres, levando em conta idade e fase da vida.


1- Mantenha um Peso Adequado: A partir dos 40 anos, o metabolismo da mulher fica mais lento e as necessidades calóricas diminuem em média 2% ao ano. Para mulheres com idade entre 23-50 anos, recomenda-se uma ingestão média de 2.000-2.200 calorias, enquanto que para as que já passaram dos 50 anos, a ingestão média diária diminui para 1.600-1.800 calorias. Nessa idade, um excesso de 200 calorias por dia pode resultar num aumento de 10kg de peso por ano. Por isso, faça uma alimentação equilibrada, fracionada (não fique em jejum) e pratique uma atividade física regular.

2- Elimine Celulite: Diminua o consumo de sal que causa retenção de líquidos e edemas, e de alimentos gordurosos e frituras. Reduza o consumo de bebidas alcoólicas, cafeinadas e refrigerantes que diminuem o calibre das artérias, dificultando a circulação; aumente o consumo de fibras, água e chás.

3- Coma Soja: A soja é um alimento de excelente valor nutricional, e dentre os alimentos de origem vegetal, é o que possui melhor teor protéico e a qualidade de sua proteína é comparada à proteína da carne. Estudos mostram que com o consumo de soja, é possível reduzir o risco ou prevenir doenças como as cardiovasculares, osteoporose, certos tipos de câncer como de mama, além de amenizar os sintomas da menopausa, principalmente as ondas de calor.

4- Reponha o Colágeno: Atualmente existem no mercado vários alimentos enriquecidos com essa proteína que proporciona sustentação às células, mantendo-as unidas. Sua deficiência é notada quando entramos na fase da maturidade, aos 50 anos, o corpo só produz em média 35% do colágeno necessário, com a diminuição da elasticidade da pele, o aparecimento de rugas e o aumento da fragilidade articular e óssea. Estudos mostram que o uso diário de colágeno hidrolisado extraído industrialmente dos ossos, peles e tendões de animais não tem contraindicação, não engorda e estimula a produção do colágeno natural, que perdemos com o passar do tempo. Consuma pelo menos 8g/dia do colágeno hidrolisado em pó.

5- Beba Chás derivados da Camellia sinensis: O chá verde, branco, amarelo e vermelho são ricos em polifenóis, substâncias com forte ação antioxidante. Os estudos mostram que essas substâncias são capazes de reduzir o risco de doenças cardiovasculares e certos tipos de câncer, como o de mama, por exemplo. Além disso, as pesquisas estão mostrando que o consumo regular desses chás aumenta o gasto energético e a oxidação de gordura, ajudando no processo de emagrecimento.

Por Catharina Apolinário

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Traição feminina é associada a hormônio.




Recentemente fiz uma entrevista no programa Revista da Tarde, na Rádio Inconfidência AM 880, sobre a traição. A entrevistada foi a médica endocrinologista e psicanalista, Dra. Soraya Hissa de Carvalho, que, de quinze em quinze dias, participa do nosso programa, no quadro Viver e Conviver.




E um dos assuntos tratados, durante a conversa, foi a traição feminina. Perguntei a ela por que as mulheres hoje traem mais, uma vez que a traição sempre foi mais comum entre as pessoas do sexo masculino. Dra. Soraya enfatizou que esse aumento da infidelidade feminina deve-se, principalmente, à disseminação da pílula anticoncepcional. A pílula teria libertado a sexualidade da mulher, sempre atrelada à concepção.



Mas, o que leva uma mulher a trair seu parceiro? Por que será que algumas mulheres têm mais coragem e não se intimidam nem um pouco em trair seu companheiro?



Um estudo realizado recentemente, na Universidade do Texas, pode ter a resposta para esta pergunta. É o que você vai ler, a seguir, nesta matéria divulgada, nesta quinta-feira, pela BBCBrasil.com.



Estudo liga infidelidade feminina a hormônio.



Mulheres com uma concentração mais elevada de um hormônio ligado à auto-estima que as faz se considerarem atraentes, têm mais chances de ter casos extraconjugais e trocar de parceiros com freqüência, segundo um estudo realizado nos Estados Unidos.



A pesquisa da Universidade do Texas, em Austin, relaciona o nível de auto-estima com a quantidade do hormônio estradiol . De acordo com o estudo, as mulheres com mais hormônio desse tipo, tendem a se achar mais bonitas e a serem consideradas mais atraentes por outras pessoas.



Os cientistas afirmam que essas mulheres têm a tendência a se sentirem menos satisfeitas com seus parceiros e menos comprometidas com eles, em um comportamento que os autores do estudo chamam de "monogamia oportunista em série".



Segundo eles, isso se deve a um "instinto" de buscar parceiros com mais qualidades.



Bons parceiros



Na natureza, é difícil conseguir um parceiro que seja ao mesmo tempo um bom provedor de estabilidade para a família e que tenha bons genes para procriar. Por isso, muitas mulheres alternam um relacionamento mais duradouro com aventuras com homens mais atraentes", explica a psicóloga Kristina Durante, a principal autora da pesquisa, publicada na revista Biology Letters, da Royal Society. Segundo ela, as mulheres mais bonitas demandam mais os dois tipos de recursos por parte do parceiro e procuram um padrão de qualidade que às vezes é difícil de conseguir.



A psicóloga afirma que é por isso que muitas mulheres não se sentem obrigadas a se comprometer com um determinado parceiro se aparecer outro com melhores “qualidades”..



O hormônio estradiol está ligado à fertilidade e à saúde reprodutiva da mulher. Estudos realizados no passado mostram que o estradiol alimenta o desejo de poder em mulheres solteiras. Segundo essas pesquisas, aquelas mulheres que não tomam pílulas anticoncepcionais estão ainda mais vulneráveis ao hormônio.



Duradouro

Para o estudo da Universidade do Texas, os pesquisadores analisaram os hormônios presentes na saliva de 52 universitárias com idades entre 17 e 30 anos, em dois estágios de seu ciclo menstrual.



As voluntárias também falaram sobre a história sexual delas e avaliaram a própria aparência. A seguir, elas receberam notas, no mesmo quesito, de outros jovens estudantes de ambos os sexos. As voluntárias com maior nível de estradiol tinham mais histórias de paqueras e de casos com outros homens além de seu parceiro fixo.



Mas, elas também se mostraram mais envolvidas em relacionamentos duradouros do que em romances passageiros ou "ficadas". Essas mulheres parecem adotar uma estratégia de 'monogamia serial', em que buscam sempre um parceiro melhor para a reprodução, explica a psicóloga. "Não é o sexo casual que as interessa."

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Uma em três mulheres dá à luz sem ajuda especializada, diz relatório

Foto de arquivo mostra recém-nascido afegão sendo segurado por parteira e observado por sua mãe
Afeganistão tem alta taxa de mortalidade infantil, mas há avanços
Um terço das mulheres do mundo dá à luz sem a ajuda de especialistas, aponta um relatório feito pela ONG britânica Save the Children e divulgado nesta sexta-feira.
O relatório estima que, se houvesse mais 350 mil parteiras no mundo, elas poderiam salvar a vida de 1 milhão de bebês anualmente.
Enquanto na Grã-Bretanha apenas 1% das crianças nasce sem que o parto seja assistido por especialistas, essa porcentagem sobe para 94 na Etiópia e para 76 em Bangladesh.
“Não deveria ser algo complicado: alguém que saiba como secar o bebê corretamente e a ajudá-lo a respirar pode fazer a diferença entre sua vida e morte”, diz Justin Forsyth, executivo-chefe da Save the Children.
A ONG cobra ações da ONU e de governos doadores a países subdesenvolvidos, pedindo que apoiem e financiem o treinamento de mais parteiras.
Segundo o relatório, a asfixia ao nascer é responsável por mais mortes de bebês do que a malária. “Com treinamento e equipamentos corretos, parteiras podem monitorar a frequência cardíaca do feto e identificar problemas durante o parto”, diz o texto.
No total, a Save the Children calcula em 48 milhões o número de mulheres que, anualmente, dão à luz sem auxílio adequado, aumentando os riscos de morte tanto da mãe quanto do recém-nascido.
O Brasil não é citado pelo relatório.
Afeganistão
O Afeganistão é apontado como o pior país do mundo para se ter um bebê, segundo a ONG britânica. Ali, a taxa de mortalidade infantil é de 52 a cada mil nascimentos vivos (no Brasil, essa taxa é de 19,88), e 20% das crianças morrem antes de completar cinco anos.
Muitas dessas mortes são ocasionadas por práticas tribais, como colocar recém-nascidos no chão – o que traz risco de infecções – para espantar maus espíritos.
Mas, ao mesmo tempo, o correspondente da BBC em Cabul Paul Wood relata algumas pequenas melhorias no país, como o treinamento de 2,4 mil parteiras desde 2002 e o aumento no número de partos assistidos nas zonas rurais.
Um exemplo tanto dos flagelos quanto dos avanços do país é Rogul, 35, uma afegã da província de Cabul que disse à BBC que já passou por oito partos prematuros e perdeu todos os bebês.
Sua nona gravidez foi até o fim, mas a criança morreu um dia depois de nascer. Desde então, ela fez um curso para se tornar uma parteira e, agora, além de ter conseguido ter filhos, ensina práticas de saúde e higiene para outras afegãs.
fonte:www.bbcbrasil.com

sábado, 12 de março de 2011

Mulheres injetam hormônio da gravidez para tentar emagrecer

Paciente injeta hormônio gonadotrofina coriônica para emagrecer, com o médico Lionel Bissoon, em Nova York



Todas as manhãs Kay Brown, 35, faz um ritual semelhante ao de um viciado ou diabético: ela se injeta, mas a sua seringa contém hCG, hormônio da gravidez.


Brown não toma hCG (gonadotrofina coriônica humana) para ter filho. Ela acredita que, combinando as injeções com dieta de 500 calorias por dia vai perder gordura nos lugares desejados, sem sentir fome ou cansaço. "Tenho uma amiga que fez antes do casamento. Está linda", diz.


Mulheres como ela vêm lotando clínicas de emagrecimento nos EUA. Pagam mais de US$ 1.000 por mês por uma consulta, um suprimento do hormônio e as seringas para injetá-lo.

Mais de 50 anos depois de um médico começar a promover o hCG como auxiliar na perda de peso, o hormônio está mais popular que nunca, apesar de haver poucas evidências de eficácia.

O tratamento combina injeções diárias com uma dieta quase anoréxica. Mulheres são atraídas por promessas de que perderão meio quilo por dia sem sentir fome. O que talvez seja ainda mais sedutor é que lhes é dito que o hCG vai levar seus corpos a descartar a gordura armazenada nos lugares onde elas menos a desejam: braços, barrigas e coxas.

A forma injetável de hCG, vendida com receita médica, é aprovada como tratamento da infertilidade. Médicos são autorizados a prescrevê-la de forma "não indicada na bula" para perda de peso, segundo a FDA (órgão do governo americano que regula alimentos e medicamentos).

Mas a FDA avisa: não está provado que o produto intensifique a perda de peso, que cause distribuição mais "atraente" da gordura ou "reduza a fome".

Um porta-voz da FDA, Christopher Kelly, disse que o órgão recebeu relato sobre um paciente que segue a dieta do hCG e teve embolia pulmonar. O hormônio causa risco de coágulos, depressão, dor de cabeça e aumento da sensibilidade ou do volume das mamas.

Pieter Cohen, professor da Escola Médica de Harvard e pesquisador de suplementos, disse que, além da questão dos efeitos colaterais, o uso do hCG "manipula pessoas para lhes dar a impressão de que estão recebendo algo eficaz, quando estão recebendo algo que não é melhor que um placebo".

DERIVADO DA URINA
Segundo o médico de Kay Brown, Lionel Bissoon, "médicos de todo o país vêm tendo evidências empíricas de pessoas que perdem peso".

Outro médico de Nova York, Scott lyer, afirma que o hormônio "engana seu corpo, como se você estivesse grávida; ele passa a queimar gordura para que o feto receba calorias suficientes, mas protege o tecido muscular".

Alguns médicos dizem que é plausível que o hCG produza um corpo mais tonificado, porque induz a produção de hormônios masculinos e aumenta a massa muscular.

Médicos que prescrevem o hCG dizem que a experiência está a seu favor, mesmo que as pesquisas não estejam.

Mulheres injetam hormônio da gravidez para tentar emagrecer

Todas as manhãs Kay Brown, 35, faz um ritual semelhante ao de um viciado ou diabético: ela se injeta, mas a sua seringa contém hCG, hormônio da gravidez.

Brown não toma hCG (gonadotrofina coriônica humana) para ter filho. Ela acredita que, combinando as injeções com dieta de 500 calorias por dia vai perder gordura nos lugares desejados, sem sentir fome ou cansaço. "Tenho uma amiga que fez antes do casamento. Está linda", diz.

Robert Caplin/The New York Times
Paciente injeta hormônio gonadotrofina coriônica para emagrecer, com o médico Lionel Bissoon, em Nova York
Paciente injeta hormônio gonadotrofina coriônica para emagrecer, com o médico Lionel Bissoon, em Nova York
Mulheres como ela vêm lotando clínicas de emagrecimento nos EUA. Pagam mais de US$ 1.000 por mês por uma consulta, um suprimento do hormônio e as seringas para injetá-lo.

Mais de 50 anos depois de um médico começar a promover o hCG como auxiliar na perda de peso, o hormônio está mais popular que nunca, apesar de haver poucas evidências de eficácia.

O tratamento combina injeções diárias com uma dieta quase anoréxica. Mulheres são atraídas por promessas de que perderão meio quilo por dia sem sentir fome. O que talvez seja ainda mais sedutor é que lhes é dito que o hCG vai levar seus corpos a descartar a gordura armazenada nos lugares onde elas menos a desejam: braços, barrigas e coxas.

A forma injetável de hCG, vendida com receita médica, é aprovada como tratamento da infertilidade. Médicos são autorizados a prescrevê-la de forma "não indicada na bula" para perda de peso, segundo a FDA (órgão do governo americano que regula alimentos e medicamentos).

Mas a FDA avisa: não está provado que o produto intensifique a perda de peso, que cause distribuição mais "atraente" da gordura ou "reduza a fome".

Um porta-voz da FDA, Christopher Kelly, disse que o órgão recebeu relato sobre um paciente que segue a dieta do hCG e teve embolia pulmonar. O hormônio causa risco de coágulos, depressão, dor de cabeça e aumento da sensibilidade ou do volume das mamas.

Pieter Cohen, professor da Escola Médica de Harvard e pesquisador de suplementos, disse que, além da questão dos efeitos colaterais, o uso do hCG "manipula pessoas para lhes dar a impressão de que estão recebendo algo eficaz, quando estão recebendo algo que não é melhor que um placebo".

DERIVADO DA URINA
Segundo o médico de Kay Brown, Lionel Bissoon, "médicos de todo o país vêm tendo evidências empíricas de pessoas que perdem peso".

Outro médico de Nova York, Scott lyer, afirma que o hormônio "engana seu corpo, como se você estivesse grávida; ele passa a queimar gordura para que o feto receba calorias suficientes, mas protege o tecido muscular".

Alguns médicos dizem que é plausível que o hCG produza um corpo mais tonificado, porque induz a produção de hormônios masculinos e aumenta a massa muscular.

Médicos que prescrevem o hCG dizem que a experiência está a seu favor, mesmo que as pesquisas não estejam.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Ofereço a todos que amam




O meu amor 
                                                                              Déborah Rajão
                                
O meu amor me causa torpor
Quando me tocam suas mãos mágicas
Me deixa louca o meu amor
Quando desperta-me sensações plácidas

O  carinho dele às noites me nina
Faz-me sentir uma eterna menina e descobrir
O verdadeiro gosto e sentido da vida
Um turbilhão de fogo e calor

Quero ser eternamente pequenina
Para sempre o seu amor usufruir
Quero ser intensamente feminina
Para  a cada instante captar
essa sua energia felina


Para sempre te quero,
                                      meu amor.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Mulher em período fértil atrai solteiros e repele casados


Uma nova pesquisa aponta que a fidelidade também pode ser explicada pela biologia.

Os coordenadores do estudo, Saul Miller e Jon Maner, mostraram que sinais de que uma mulher está em período fértil, como a mudança de cheiro, são percebidos pelo homem. Mas, se ele for comprometido, em vez de atração, ele tende a rejeitar os sinais em uma desconhecida.


Editoria de Arte/Folhapress

PICO FÉRTIL

Pesquisas anteriores já apontaram a relação entre pico fértil da mulher e resposta masculina. Um estudo feito em 2007 com dançarinas de striptease mostrou que as gorjetas aumentavam quando elas estavam ovulando.

"No pico de fertilidade, o aumento do estrogênio deixa a mulher mais lubrificada, com mais brilho na pele. O cheiro do corpo também muda de forma sutil, mas que é percebida pelo homem", diz a endocrinologista Vânia Assaly, membro da International Hormone Society.

A reação fisiológica do macho é responder com excitação sexual e partir para o bote. Mas, se isso significa pular a cerca, outras reações biológicas podem entrar em jogo, especulam pesquisadores.

No trabalho da Flórida, uma jovem frequentou o laboratório de psicologia social por vários meses. Os homens participantes classificaram o grau de atratividade da moça. A maioria dos desimpedidos a considerou mais atraente nos períodos férteis. Os que estavam em relacionamentos românticos a acharam menos atraente justamente nessas fases.

"Parece que os homens estavam de fato tentando afastar qualquer tentação que pudessem sentir diante da mulher que estava ovulando", disse o psicólogo Maner.
Para Assaly, isso mostra como condições sociais modulam a ação hormonal.
"A presença da mulher fértil aumenta a produção de hormônios sexuais no homem, como testosterona.

Mas a consciência e a memória desencadeiam a produção de outros hormônios, como ocitocina, que trabalham contra a ameaça ao vínculo amoroso."

Para o psiquiatra Luiz Cushnir, do grupo de estudos de gêneros do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, o maior valor desse tipo de pesquisa é possibilitar reflexões.

"Relacionamentos são multifatoriais e o ser humano tem grande repertório emocional, ao contrário dos animais. Valores socioculturais influenciam a resposta sexual e podem ter repercussão bioquímica. Mas não dá para reduzir tudo à biologia."
Fonte:Folha e "New York Times"

Mulher em período fértil atrai solteiros e repele casados


Uma nova pesquisa japonta que a fidelidade também pode ser explicada pela biologia.

Os coordenadores do estudo, Saul Miller e Jon Maner, mostraram que sinais de que uma mulher está em período fértil, como a mudança de cheiro, são percebidos pelo homem. Mas, se ele for comprometido, em vez de atração, ele tende a rejeitar os sinais em uma desconhecida.


Editoria de Arte/Folhapress

PICO FÉRTIL

Pesquisas anteriores já apontaram a relação entre pico fértil da mulher e resposta masculina. Um estudo feito em 2007 com dançarinas de striptease mostrou que as gorjetas aumentavam quando elas estavam ovulando.

"No pico de fertilidade, o aumento do estrogênio deixa a mulher mais lubrificada, com mais brilho na pele. O cheiro do corpo também muda de forma sutil, mas que é percebida pelo homem", diz a endocrinologista Vânia Assaly, membro da International Hormone Society.

A reação fisiológica do macho é responder com excitação sexual e partir para o bote. Mas, se isso significa pular a cerca, outras reações biológicas podem entrar em jogo, especulam pesquisadores.

No trabalho da Flórida, uma jovem frequentou o laboratório de psicologia social por vários meses. Os homens participantes classificaram o grau de atratividade da moça. A maioria dos desimpedidos a considerou mais atraente nos períodos férteis. Os que estavam em relacionamentos românticos a acharam menos atraente justamente nessas fases.

"Parece que os homens estavam de fato tentando afastar qualquer tentação que pudessem sentir diante da mulher que estava ovulando", disse o psicólogo Maner.
Para Assaly, isso mostra como condições sociais modulam a ação hormonal.
"A presença da mulher fértil aumenta a produção de hormônios sexuais no homem, como testosterona.

Mas a consciência e a memória desencadeiam a produção de outros hormônios, como ocitocina, que trabalham contra a ameaça ao vínculo amoroso."

Para o psiquiatra Luiz Cushnir, do grupo de estudos de gêneros do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, o maior valor desse tipo de pesquisa é possibilitar reflexões.

"Relacionamentos são multifatoriais e o ser humano tem grande repertório emocional, ao contrário dos animais. Valores socioculturais influenciam a resposta sexual e podem ter repercussão bioquímica. Mas não dá para reduzir tudo à biologia."
Fonte:Folha e "New York Times"

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Vaidade precoce

Menininhas sempre gostaram de desfilar com o sapato da mãe e fazer bagunça com batons. 

Agora, elas também são clientes de tratamentos em spas, fazem hidratação facial com hora marcada e viraram público-alvo de produtos de beleza.
Isadora Brant/Folhapress
Isabella Pequini, 10, recebe máscara de maçã em spa de SP
Isabella Pequini, 10, recebe máscara de maçã em spa de SP

Em 2010, a rede de spas Kalmma Zen, voltada ao público adulto, ofereceu tratamentos para cerca de 300 crianças em suas 14 unidades espalhadas pelo país.

No mês passado, o Eco Spa Urbano, em São Paulo, vendeu 30 pacotes de day spa infantil, com banho de imersão, massagem e tratamento de pés e mãos, por meio de um site de compras coletivas.

A clínica passou a oferecer serviços para crianças ao perceber que muitas mães levavam as filhas junto por não terem onde deixá-las.
Isadora Brant/Folhapress
Alana Monarcha, 5, toma banho de imersão com brinquedos com a amiga Isabella no Eco Spa Urbano, em São Paulo
Alana Monarcha, 5, toma banho de imersão com brinquedos com a amiga Isabella no Eco Spa Urbano, em São Paulo
Lá, bolinhas coloridas e brinquedos substituem as pétalas de rosas, nos banhos de ofurô para as pequenas.

Em outros spas há escalda-pés com bolas de gude e massagens com cremes de apelo infantil, como o de chocolate e o de cheiro de chiclete.

Os produtos, segundo as clínicas, são hipoalergênicos, naturais. "A proposta é mais lúdica e relaxante do que estética", diz Carolina Housska Castro, gerente do Eco Spa Urbano.

Foi por isso que a nutricionista Andressa Pequini deixou que a filha Isabella de Almeida Pequini, de dez anos, marcasse horário no spa que ela mesma frequenta.

De tanto acompanhar a mãe em visitas ao spa, Isabella passou a pedir para também ser incluída nos serviços, e virou cliente assídua.

Andressa, no entanto, diz que conversa com a filha para que não haja uma preocupação excessiva da menina com a beleza. "A gente sempre fala que ela ainda é criança, que não pode usar muita maquiagem."

Alana Freire Monarcha, de cinco anos, frequenta um spa desde os quatro. O contato aconteceu cedo por causa do trabalho da mãe, a esteticista Raquel Freire Monarcha.
A mãe diz que se preocupa com a vaidade da filha, e conversa com ela sobre o problema do exagero, mas não vê problemas na massagem. "Uma troca energética ajuda a criança a se acalmar."

POLÊMICA
No mês passado, o anúncio de uma linha de maquiagem "anti-idade" para garotas de oito a 12 anos, no Walmart dos EUA, gerou críticas em blogs. A rede de supermercados norte-americana afirmou que a linha geoGIRL não contém produtos anti-envelhecimento, como chegou a ser propagado.

Disse também que a linha será divulgada para os pais, a quem cabe decidir a idade certa para que suas filhas usem maquiagem.

Para Maurício de Souza Lima, hebiatra (que cuida de adolescentes) do Hospital das Clínicas de São Paulo, a vontade precoce de consumir produtos e terapias ligados à vaidade tem grande influência da família.

"Criança precisa brincar, ficar suja de terra. Observamos uma antecipação não só da puberdade, mas do comportamento adolescente."

"Meninas de nove anos, hoje, falam no celular de namoro, querem voltar de festa na madrugada e fazer coisas de quem tem 17", diz Lima.

Segundo ele, isso é o efeito da permissividade dos pais e do acesso das crianças a uma enxurrada de informações.

O pediatra Ricardo Halpern considera inadequado o uso de maquiagem e de serviços de spa por crianças e pré-adolescentes --mesmo que só para relaxar. "Criança se desestressa brincando."

Segundo Halpern, os pais acham que é inofensivo, mas não é. "É preciso avaliar bem riscos e consequências."

O problema, segundo ele, é eliminar etapas e antecipar a adolescência, acelerando também o contato com álcool, por exemplo.

O hebiatra Maurício Lima diz que cada pai deve decidir o que é melhor para seu filho e explicar sua decisão.

fonte:folha

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Vaidade mata



Mulher morre nos EUA após injeção de silicone nas nádegas

DA BBC BRASIL


A polícia americana está investigando a morte de uma mulher após receber injeções de silicone nas nádegas em um hotel da Pensilvânia.

Claudia Seye Aderotimi, 20, havia viajado de Londres, no Reino Unido, onde vivia, para realizar o procedimento nos Estados Unidos. Segundo policiais, ela teria sentido dores no peito e falta de ar e chegou a ser levada a um hospital, mas acabou morrendo na última terça-feira dia 08.
Matt Rourke/AP
Carro da polícia deixa hotel nos EUA onde mulher morreu após receber injeção de silicone nas nádegas
Carro da polícia deixa hotel nos EUA onde mulher morreu após receber injeção de silicone nas nádegas

A causa da morte ainda não foi divulgada.

Relatos publicados na mídia britânica dizem que Aderotimi, que seria de nacionalidade nigeriana, sonhava com uma carreira dançando em videoclipes de rap, mas acreditava que precisava ter um traseiro maior para ser bem sucedida.

Ela já teria viajado aos Estados Unidos em novembro para receber injeções de silicone e queria receber uma nova aplicação.

Quarto de hotel

Segundo os investigadores no caso, Aderotimi e outras três pessoas estavam hospedadas no hotel Hampton Inn, perto do Aeroporto Internacional da Filadélfia.

Lá, na segunda-feira, ela teria recebido as injeções de silicone, que teriam sido organizadas pela internet, enquanto outra pessoa teria realizado um procedimento para aumento de quadris. As outras duas amigas teriam viajado para Nova York para uma festa.

A polícia local está investigando uma mulher que teria arranjado o encontro pela internet e está à procura de uma segunda mulher que teria realizado os procedimentos cosméticos. Aderotimi teria pagado cerca de mil libras (R$ 2.700) pelas injeções.

Os investigadores também estudam a possibilidade de que o material injetado em Aderotimi tenha sido silicone industrial, normalmente usado como selante, e não o silicone médico, usado em implantes cirúrgicos.

De acordo com o cirurgião plástico Paul Harris, do Royal Marsden Hospital, em Londres, o aumento de nádegas não é muito comum no Reino Unido, mas está se tornando cada vez mais popular.

No procedimento correto, a paciente teria que estar anestesiada e ter implantes de silicone, como os usados para o aumento de seios, colocados nas nádegas. As injeções de silicone são muitas vezes oferecidas ilegalmente como uma opção mais barata.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

A dança





Por Déborah em 04-02-2011

A dança é mágica.
A dança remoça e revigora,
A dança faz bem pra memória,
A dança é vida, é plural e diversa.
A dança encanta e seduz
A dança desestressa
A dança reluz

DANÇA É O MOVIMENTO DO UNIVERSO
EM  VERSOS CORPORAIS ais ais ais ais


E agora, queridos leitores, aproveitem, dançem um pouco também e curtam o passado por instantes:

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011


Mulheres são maioria entre jovens fora da escola e do mercado de trabalho



02/02/2011 12:28

Parte da população de 18 a 24 anos do país faz parte de um grupo que nem estuda nem trabalha. São cerca de 3,4 milhões de jovens que representam 15% dessa faixa etária. Um estudo do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) mostra que as mulheres são mais afetadas por esse problema, muitas vezes em função da maternidade e do casamento.

Do total de jovens fora da escola e do mercado de trabalho, 1,2 milhão concluiu o ensino médio, mas não seguiu para o ensino superior e não está empregado. A proporção de jovens nessa situação aumentou de 2001 a 2008, segundo o Inep, e quase 75% são mulheres. Uma em cada quatro jovens nessa situação tinha filhos e quase metade delas (43,5%) era casada em 2008.

Para Roberto Gonzales, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o estudo reflete que a desigualdade de gênero ainda persiste não apenas na diferença salarial, mas no próprio acesso ao mercado de trabalho. “Isso tem muito a ver com a divisão do trabalho familiar, seja doméstico ou de cuidados com o filho. É uma distribuição muito desigual e atinge em especial as mulheres, por isso você tem tantas meninas fora do mercado e da escola”, diz.

Entre as mulheres de 18 a 24 anos que estão na escola e/ou no mercado de trabalho, o percentual daquelas que têm filhos é cinco vezes menor. Segundo o estudo, os dados comprovam que “existe forte correlação entre casamento/ maternidade e a saída, mesmo temporária, da escola e do mercado de trabalho observada para as mulheres”.

Uma vez que o processo de escolarização foi quebrado, o retorno aos estudos é bem mais difícil. Para Gonzales, esse afastamento do jovem do mercado de trabalho ou dos estudos pode não ser apenas uma situação “temporária”, como sugere o estudo. Um dos fatos que corroboram essa teoria é a queda da matrícula entre 2009 e 2010 nas turmas de Educação de Jovens e Adultos (EJA), segundo dados do último censo escolar.

“A baixa escolaridade não é uma barreira absoluta ao mercado de trabalho, mas é um problema porque há a possibilidade de criar-se um círculo vicioso. A mulher não terá acesso a bons empregos que dariam experiência profissional e poderiam melhorar sua inserção no futuro”, alerta
Gonzales afirma ainda que as políticas públicas precisam ser mais flexíveis e acompanhar os “novos arranjos” da sociedade para garantir mais apoio a esse grupo de jovens mães.

“As pessoas costumam ter uma ideia mais tradicional de educação em que os pais provêm o sustento para que o filho termine a escolaridade, depois ele segue para o ensino superior e entra no mercado de trabalho. E, na realidade, esses eventos não acontecem necessariamente nessa ordem. Assim como temos muitos jovens casais, também temos famílias monoparentais chefiadas por mulheres com filho e isso, muitas vezes, abre espaço para outras trajetórias de vida”, explica.

Uma das estratégias básicas para garantir que a jovem consiga prosseguir com seus estudos ou ingressar no mercado é a ampliação da oferta em creche. Atualmente, menos de 20% das crianças até 3 anos têm acesso a esse serviço no país. “Essa é uma das principais barreiras alegadas pelas mulheres inativas”, indica Gonzalez.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Nova geração de mulheres acima de 50 mantém as pazes com espelho

ANNETTE SCHWARTSMAN
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA



A francesa Catherine Deneuve e a brasileira Suzana Vieira, além da profissão de atriz, têm em comum a idade --67 e 68 anos, respectivamente-- e a exposição na mídia. Mas qual das duas está envelhecendo melhor?


A antropóloga Mirian Goldenberg, 52, acha que é mais fácil envelhecer na Europa do que no Brasil, onde a cultura obriga as mulheres a parecerem mais jovens.

"As brasileiras envelhecem antes que as europeias, cultural e subjetivamente, apesar de, na aparência, serem jovens por mais tempo."

Para a terapeuta familiar Tai Castilho, 67, a mulher mais velha no Brasil é vista como carta fora do baralho.

"Na Europa, além de haver mais respeito, as mais velhas são consideradas belas."
Fotomontagem
Acima, da esquerda para a direita: Meryl Streep, Bruna Lombardi, Isabelle Huppert e Angela Vieira; abaixo, da esquerda para a direita: Isabella Rossellini; Helen Mirren; Catherine Deneuve e Irene Ravache
Acima, da esquerda para a direita: Meryl Streep, Bruna Lombardi, Isabelle Huppert e Angela Vieira; abaixo, da esquerda para a direita: Isabella Rossellini; Helen Mirren; Catherine Deneuve e Irene Ravache

Segundo Goldenberg, nossa cultura valoriza menos a maturidade do que a jovialidade e a carne dura.

"Muitas mulheres percebem a aparência como veículo de ascensão social e como capital no mercado de trabalho, de casamento e de sexo".

Assim, é difícil a passagem do tempo não ser entendida como perda de capital.

Ainda comparando brasileiras e europeias, Goldenberg garante que as alemãs que entrevistou para suas pesquisas não se preocupam tanto com a aparência.

Segundo a dermatologista Meire Gonzaga, 38, excluindo as francesas, que dão muita importância à estética, não se observa o mesmo nos outros países europeus.
"As alemãs não se cuidam nem quando são jovens nem quando envelhecem."

Por aqui, a questão é outra. O Brasil é o segundo país no mundo em número de cirurgias plásticas e o terceiro consumidor de cosméticos, atrás de EUA e Japão, sem contar os tratamentos como aplicações de laser, botox, ácido hialurônico etc.

Para Gonzaga, o objetivo dos procedimentos menos invasivos não é deixar o paciente parecendo mais novo, mas atenuar linhas que deixam o rosto mais pesado.

Mas há quem não se contente com a mera suavização de sinais ou mesmo com os resultados das plásticas.

"As cirurgias têm limitações, você não consegue 100%, e sim 90%. Só que alguns pacientes não se satisfazem com 90%, e querem sempre mais e mais", diz o cirurgião Antonio Carlos Herrmann de Andrade, 51.

"A medicina pode colocar uma prótese de 1.500 g na sua mama, mas um bom cirurgião jamais faz isso."
editoria de arte/folha press/editoria de arte/folha press

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Menina de 4 anos vence luta contra câncer de mama


Uma menina de apenas 3 anos se recuperou completamente do câncer de mama depois de se tornar a pessoa mais jovem a ser diagnosticada com a doença. A informação foi publicada nesse domingo, no jornal "Daily Mail".

Aleisha Hunter, de Toronto, no Canadá, precisou de uma mastectomia depois que médicos descobriram a causa de um caroço que apareceu em seu peito, em dezembro de 2008, quando ela tinha 2 anos.

No entanto, ela está curada da doença --e agora com 4 anos, falou ao jornal sobre o que aconteceu com ela.

"Eu sabia que tinha câncer no meu peito e que os médicos me fizeram melhorar", disse ela. "Eu sei que o câncer pode levar algumas pessoas para o céu, mas eu estou bem agora."

Sua mãe, Melanie, disse que ficou "chocada" quando descobriu a causa do caroço no peito de sua filha, que notou um dia enquanto secava a menina após o banho.

"Era um pedaço minúsculo de um disco rígido, do tamanho de uma ervilha ", disse ela. "Eu pensei que era um cisto inofensivo."

Depois de testes no hospital, Melanie foi informada que não era nada grave e Aleisha voltou para casa --mas o caroço continuou a crescer.

"Eu pensei que não poderia ser sério, como o hospital tinha verificado", disse Melanie --embora ela tenha levado filha de volta para o hospital em janeiro de 2009, depois que o nódulo cresceu 2 cm e estava causando tanta dor que Aleisha não conseguia dormir .

A criança foi submetida a uma mastectomia imediatamente e teve 16 linfonodos retirados de sua axila para ver se o câncer havia se espalhado. Felizmente eles eram benignos --o que significa que ela não precisava se submeter a sessões de quimioterapia ou radioterapia-- e estava em casa apenas três dias depois.

"Nós ficamos chocados quando o diagnóstico foi feito ", disse a cirurgiã Nancy Down. "Eu lido com casos de câncer de mama há 25 anos e nunca me deparei com uma paciente esta jovem. Ela é o caso mais novo conhecido no mundo. "

Os médicos disseram que é improvável que o câncer volte, mas ela precisa fazer exames regularmente nos próximos anos, além de uma cirurgia de reconstrução mamária quando chegar à puberdade.

O caso anterior de vítima de câncer de mama mais jovem conhecida era de Hannah Powell-Auslam, da Califórnia, que tinha 10 anos quando foi diagnosticada em 2008.