sábado, 15 de janeiro de 2011

Nova geração de mulheres acima de 50 mantém as pazes com espelho

ANNETTE SCHWARTSMAN
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA



A francesa Catherine Deneuve e a brasileira Suzana Vieira, além da profissão de atriz, têm em comum a idade --67 e 68 anos, respectivamente-- e a exposição na mídia. Mas qual das duas está envelhecendo melhor?


A antropóloga Mirian Goldenberg, 52, acha que é mais fácil envelhecer na Europa do que no Brasil, onde a cultura obriga as mulheres a parecerem mais jovens.

"As brasileiras envelhecem antes que as europeias, cultural e subjetivamente, apesar de, na aparência, serem jovens por mais tempo."

Para a terapeuta familiar Tai Castilho, 67, a mulher mais velha no Brasil é vista como carta fora do baralho.

"Na Europa, além de haver mais respeito, as mais velhas são consideradas belas."
Fotomontagem
Acima, da esquerda para a direita: Meryl Streep, Bruna Lombardi, Isabelle Huppert e Angela Vieira; abaixo, da esquerda para a direita: Isabella Rossellini; Helen Mirren; Catherine Deneuve e Irene Ravache
Acima, da esquerda para a direita: Meryl Streep, Bruna Lombardi, Isabelle Huppert e Angela Vieira; abaixo, da esquerda para a direita: Isabella Rossellini; Helen Mirren; Catherine Deneuve e Irene Ravache

Segundo Goldenberg, nossa cultura valoriza menos a maturidade do que a jovialidade e a carne dura.

"Muitas mulheres percebem a aparência como veículo de ascensão social e como capital no mercado de trabalho, de casamento e de sexo".

Assim, é difícil a passagem do tempo não ser entendida como perda de capital.

Ainda comparando brasileiras e europeias, Goldenberg garante que as alemãs que entrevistou para suas pesquisas não se preocupam tanto com a aparência.

Segundo a dermatologista Meire Gonzaga, 38, excluindo as francesas, que dão muita importância à estética, não se observa o mesmo nos outros países europeus.
"As alemãs não se cuidam nem quando são jovens nem quando envelhecem."

Por aqui, a questão é outra. O Brasil é o segundo país no mundo em número de cirurgias plásticas e o terceiro consumidor de cosméticos, atrás de EUA e Japão, sem contar os tratamentos como aplicações de laser, botox, ácido hialurônico etc.

Para Gonzaga, o objetivo dos procedimentos menos invasivos não é deixar o paciente parecendo mais novo, mas atenuar linhas que deixam o rosto mais pesado.

Mas há quem não se contente com a mera suavização de sinais ou mesmo com os resultados das plásticas.

"As cirurgias têm limitações, você não consegue 100%, e sim 90%. Só que alguns pacientes não se satisfazem com 90%, e querem sempre mais e mais", diz o cirurgião Antonio Carlos Herrmann de Andrade, 51.

"A medicina pode colocar uma prótese de 1.500 g na sua mama, mas um bom cirurgião jamais faz isso."
editoria de arte/folha press/editoria de arte/folha press

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Menina de 4 anos vence luta contra câncer de mama


Uma menina de apenas 3 anos se recuperou completamente do câncer de mama depois de se tornar a pessoa mais jovem a ser diagnosticada com a doença. A informação foi publicada nesse domingo, no jornal "Daily Mail".

Aleisha Hunter, de Toronto, no Canadá, precisou de uma mastectomia depois que médicos descobriram a causa de um caroço que apareceu em seu peito, em dezembro de 2008, quando ela tinha 2 anos.

No entanto, ela está curada da doença --e agora com 4 anos, falou ao jornal sobre o que aconteceu com ela.

"Eu sabia que tinha câncer no meu peito e que os médicos me fizeram melhorar", disse ela. "Eu sei que o câncer pode levar algumas pessoas para o céu, mas eu estou bem agora."

Sua mãe, Melanie, disse que ficou "chocada" quando descobriu a causa do caroço no peito de sua filha, que notou um dia enquanto secava a menina após o banho.

"Era um pedaço minúsculo de um disco rígido, do tamanho de uma ervilha ", disse ela. "Eu pensei que era um cisto inofensivo."

Depois de testes no hospital, Melanie foi informada que não era nada grave e Aleisha voltou para casa --mas o caroço continuou a crescer.

"Eu pensei que não poderia ser sério, como o hospital tinha verificado", disse Melanie --embora ela tenha levado filha de volta para o hospital em janeiro de 2009, depois que o nódulo cresceu 2 cm e estava causando tanta dor que Aleisha não conseguia dormir .

A criança foi submetida a uma mastectomia imediatamente e teve 16 linfonodos retirados de sua axila para ver se o câncer havia se espalhado. Felizmente eles eram benignos --o que significa que ela não precisava se submeter a sessões de quimioterapia ou radioterapia-- e estava em casa apenas três dias depois.

"Nós ficamos chocados quando o diagnóstico foi feito ", disse a cirurgiã Nancy Down. "Eu lido com casos de câncer de mama há 25 anos e nunca me deparei com uma paciente esta jovem. Ela é o caso mais novo conhecido no mundo. "

Os médicos disseram que é improvável que o câncer volte, mas ela precisa fazer exames regularmente nos próximos anos, além de uma cirurgia de reconstrução mamária quando chegar à puberdade.

O caso anterior de vítima de câncer de mama mais jovem conhecida era de Hannah Powell-Auslam, da Califórnia, que tinha 10 anos quando foi diagnosticada em 2008.