terça-feira, 14 de setembro de 2010

Homem ao volante, perigo constante!





Quantas vezes nós, mulheres  motoristas, já ouvimos a seguinte frase: "mulher ao volante, perigo constante".

Esta frase, além de machista e preconceituosa,  também representa uma grande mentira, já que as mulheres são muito mais cuidadosas ao dirigir do que os homens.  E  também são menos estressadas ao volante, buzinam menos e são mais gentis no trânsito, com algumas exceções, é claro.

A comprovação de que os homens é que representam um perigo constante ao volante, e não as mulheres, está em um estudo publicado recentemente pelo jornal americano The New York Times conforme mostra uma reportagem do jornal Hoje em Dia, publicada nesta terça-feira e que você vai ler a seguir:


Estudo comprova que mulher é mais responsável ao volante


Hormônio testosterona seria o vilão da falta de ‘consciência’ dos homens mas, educação também conta pontos




LUCAS PRATES
mulher no volante
De cada seis mortos no trânsito, cinco são homens e apenas uma é mulher
“Homem ao volante, perigo constante”. O alvo da piada de mau gosto poderia mudar de lado. Enquanto 32 homens morrem por ano no trânsito de Minas Gerais para cada grupo de 100 mil habitantes, as vítimas do sexo feminino chegam a seis, revela indicadores, de 1992 a 2007, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). E a discrepância não é exclusiva do Estado ou do país. Pesquisa publicada recentemente pelo jornal norte-americano “The New York Times” apontou que 80% das colisões resultantes em óbitos ou feridos graves em Nova Iorque (EUA) envolveram motoristas do sexo masculino nos últimos cinco anos.

Apesar da predominância masculina no banco da frente dos veículos, a porcentagem foi considerada alta. Por isso, o estudo dos pesquisadores nova-iorquinos concluiu que os homens estão mais propensos a assumir riscos do que as mulheres na direção. A causa seria o hormônio testosterona. Mas especialistas mineiros insistem que a educação também faz toda a diferença ao se tirar o carro da garagem.

Em Minas, elas representam apenas 30% dos cerca de 4,5 milhões de condutores habilitados pelo Departamento Estadual de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG) – dados de 2009. Mesmo assim, a especialista em elaboração de Projetos de Violência no Trânsito, Rosana Antunes, acredita que as mulheres mantêm a cautela e a calma no trânsito. “Nós, até pelo instinto maternal e de proteção, somos mais conscientes e cuidadosas. Em geral, não nos arriscamos tanto”, comenta ela.

A explanação de Rosana é validada pela psiquiatra Laís Mendes Guimarães. A médica esclarece que a testosterona realmente influi no comportamento e na personalidade dos homens, embora a constatação não possa servir de desculpa.

“A testosterona colabora sim para a agressividade e os torna impulsivos. Só não devemos nos esquecer da formação e a educação dos condutores. Os indivíduos são responsáveis pelos seus atos imprudentes, seja em qual atividade for”, sentencia. Ainda de acordo com Laís, o homem tende a seguir a lógica que nada vai acontecer. “Não há dúvidas que os motoristas masculinos desrespeitam mais as leis e testam os seus limites”, conclui a psiquiatra, destacando o senso de responsabilidade feminino.

Porém, profissionais que lidam todos os dias com o tráfego pesado tratam de polemizar a discussão. Ao ser perguntada se a mulher dirige melhor que o homem, a taxista Aline Macedo não hesita em responder: “depende”. Segundo ela, algumas colegas ‘travam’ o fluxo por guiarem de forma displicente, com velocidade reduzida e excesso de preciosismo.

Já para a instrutora da Autoescola Almada, em Belo Horizonte, Lívia Rezende, 28 anos, a tranquilidade peculiar ao sexo feminino acaba provocando outras formas de imprudência. “Quatro dos meus seis alunos são meninas, e elas dosam as emoções nas aulas, ao contrário dos garotos. Então, lhes ensino a ‘analisar’ o tráfego e a desenvolver o carro na medida do possível. Há situações que andar muito devagar é perigoso em determinadas vias”, avalia Lívia.

E se algumas condutoras ainda resistem em admitir a “superioridade” no trânsito, os representantes do sexo oposto não escondem a desconfiança quanto à pesquisa e às estatísticas. “Não acredito nisso. As mulheres me atrapalham demais durante o meu trabalho. Na direção, nossa habilidade é maior”, pondera o motorista de ônibus Sebastião Silva.

fonte:www.hojemdia.com.br

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