terça-feira, 28 de setembro de 2010

Caminhada diária mantém o corpo e a mente jovens



 A atividade física contínua aumenta circuitos que estimulam o cérebro

Por Minha Vida

Caminhar diariamente é um ótimo exercício para deixar o corpo em forma, melhorar a saúde e retardar o envelhecimento. Entretanto, um novo estudo da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, mostra que esse efeito antienvelhecimento do exercício pode ser possível também em relação ao cérebro, aumentando seus circuitos e reduzindo os riscos de problemas de memória e de atenção. 

Na pesquisa, publicada na edição de setembro da revista Frontiers in Aging Neuroscience, os especialistas acompanharam, por um ano, 70 adultos com idades entre 60 e 80 anos. E notaram que aqueles que faziam caminhadas regularmente tiveram muitos benefícios, comparados aos sedentários, não apenas fisicamente, mas em relação a sua função cerebral.

"O grupo aeróbico apresentou melhorias na memória, atenção e em diversos outros processos cognitivos", explicou o pesquisador Arthur F. Kramer, um dos coordenadores do estudo. De acordo com os pesquisadores, à medida que os idosos no grupo da caminhada ficavam mais em forma, a atividade cerebral (a conexão das "redes") aumentava de forma similar a alguém de 20 anos de idade.  

Quando ficamos mais velhos, os padrões de conectividade diminuem e as "redes" não ficam bem conectadas para apoiar algumas atividades como, por exemplo, dirigir. Porém, com a ajuda do condicionamento aeróbico, essas "redes" se tornam mais coerentes. "Quando caminhamos, integramos estímulos visuais, auditivos, assim como sinais vindo das articulações e músculos, em relação a onde o pé está, o nível de força, e outros movimentos. É o velho conceito: se você não usa, você perde. Para que algo seja benéfico, precisamos fazê-lo repetidamente, e caminhar é uma atividade de repetição", concluiu o especialista. 

Entretanto, segundo os autores, os resultados não acontecem do dia para a noite. Os efeitos no cérebro só começaram a ser observados no grupo de idosos que faziam caminhadas após 12 meses de prática. Por isso, os especialistas recomendam que, por ser uma atividade aparentemente simples, a caminhada seja adotada como hábito de saúde, principalmente pelos idosos.  
10 motivos para você caminhar
Os consultores da assessoria esportiva MPR, Fábio Rosa e Emerson Gomes, listam a seguir dez benefícios que a caminhada diária pode fazer por você. Confira: 

1- Aumenta a liberação de endorfinas, ajudando no combate do estresse, ansiedade e depressão. 
2- Tonifica a musculatura das pernas, coxas e glúteos 
3- Possui um gasto médio de 200-300 kcal/hora. Na subida o gasto calórico pode aumentar para até 450kcal/hora 
4- Melhora a circulação sanguínea 
5- Auxilia na prevenção de varizes 
6- Auxilia no controle do colesterol, aumentando o HDL(bom colesterol) e diminuindo o LDL (mau colesterol) 
7- Melhora a atividade do sistema imunológico 
8- Aumenta o metabolismo de repouso, aumentando assim o gasto calórico diário 
9- Aumenta a capacidade dos pulmões absorverem o oxigênio 
10- Alivia os sintomas da TPM  

quinta-feira, 23 de setembro de 2010



Dia Mundial da Prevenção da Gravidez na Adolescência mobiliza mais de 70 países

DE SÃO PAULO


De acordo com pesquisa do Ministério da Saúde, 15,9 é a idade média da população feminina que engravida no Brasil. Segundo a Opas (Organização Pan-Americana da Saúde), a América Latina registra anualmente 54 mil nascimentos com mães menores de 15 anos e 2 milhões com idades entre 15 e 19 anos. No mundo, um terço das 205 milhões de gravidezes que acontecem todo ano não são planejadas.

Diante desses números alarmantes, mais de 70 países da Europa, Ásia e América Latina se mobilizam para promover o Dia Mundial da Prevenção da Gravidez na Adolescência, realizado pelo quarto ano consecutivo em 26 de setembro. O tema deste ano é "Sua Vida Sua Responsabilidade".

No Brasil, a campanha --chamada de Viva Sua Vida-- organiza palestras e ações educativas em diversas cidades, entre 22 e 28 de setembro. Veja a programação abaixo:

Paula Huven/Folhapress
Texto: A adolescente Idália Carneiro Cordeiro da Silva, 17 anos, grávida, fotografada no Centro de Cidadania Rinaldo de Lamare, no Rio de Janeiro (RJ). (Rio de Janeiro (RJ). 04.12.2008. Foto de Paula Huven/Folhapress)
Idade média das brasileiras que engravidam é de 15,9 anos




AÇÕES
QUINTA (23)
Ações de conscientização com distribuição de folhetos informativos em frente a escolas, universidades, estações de metrô e principais pontos das cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba. Em São Paulo, haverá apresentação de um grupo teatral e a revoada de três mil bexigas na avenida Paulista, às 14h.
Das 7h as 14h
SEXTA (24)
Escola Estadual Dom Duarte
Av. de Pinedo, 57, Socorro, São Paulo
Às 8h, 10h e 14h
Instituto de Educação Governador Roberto Silveira
R. General Mitre, 587, Jd. Vinte e Cinco de Agosto, Duque de Caxias, RJ
Às 10h30 e às 13h30
DOMINGO (26)
Ação de conscientização no Parque das Águas, em Sorocaba (SP), com distribuição de folhetos informativos, brindes e revoada de bexigas
Às 10h30
TERÇA (28)
Palestra com o autor Marcos Ribeiro e a cineasta Sandra Werneck. Haverá exibição de trechos do filme "Sonhos Roubados"
Colégio Ridávia Corrêa
Av. Presidente Vargas, 1314, centro, Rio de Janeiro
Às 10h

quarta-feira, 22 de setembro de 2010


ONU anuncia fundo para saúde de mulheres e crianças

Ban Ki-moon diz que a ajuda poderá salvar 16 milhões de vidas no mundo até 2015


AFP
Onu Saúde
Anúncio foi feito no fim da reunião de cúpula dedicada à luta contra a pobreza
NOVA YORK - O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, anunciou nesta quarta-feira (22) a criação de um fundo de 40 bilhões de dólares para melhorar a saúde das mulheres e das crianças, o que permitirá salvar milhões de vidas no mundo.

Governos, filantropos e grupos privados se comprometeram a contribuir para o fundo ao fim da reunião de cúpula das Nações Unidas dedicada à luta contra a pobreza.

"Sabemos o que funciona para salvar a vida das mulheres e das crianças e sabemos que as mulheres e as crianças são fundamentais para cumprir os Objetivos do Milênio para o Desenvolvimento (OMD)", destacou Ban Ki-moon em um comunicado divulgado após o a reunião.

O secretário-geral considera ainda que o plano estratégico global para a saúde das mulheres e crianças permitirá salvar 16 milhões de vida até 2015.

A redução da mortalidade durante a gravidez e o parto, assim como das crianças com menos de cinco anos são as duas metas dos OMD que avançam mais lentamente, segundo a ONU.

A iniciativa da ONU permitirá evitar 33 milhões de gestações não desejadas e impedir que 740.000 mulheres morram em consequência das complicações relacionadas com a gravidez ou o parto.

Além disso, 120 milhões de crianças estarão protegidas contra a pneumonia, ressalta o comunicado de Ban Ki-moon.

As Nações Unidas afirmam ainda que os gastos destinados à saúde das mulheres e das crianças reduzem a pobreza, estimulam o crescimento econômico e cumprem com um direito fundamental.

Entre os países envolvidos na iniciativa estão Afeganistão, Zâmbia, Austrália, Grã-Bretanha, China, França, Alemanha, Índia, Japão, Rússia e Estados Unidos.

As fundações dos homens mais ricos do mundo, o americano Bill Gates e o mexicano Carlos Slim, a ONG humanitária Anistia Internacional e multinacionais como The Body Shop, LG Electronics e Pfizer estão entre os doadores.

terça-feira, 21 de setembro de 2010


Empresa lança linha de tinturas permanentes livre de amônia


DANAE STEPHAN
Coceira e aquele cheiro forte das tinturas para cabelos podem estar com os dias contados. A francesa L'Oréal acaba de lançar no Brasil uma linha de tinturas permanentes livre de amônia.
Chamada de Inoa (Innovation No Amonia, inovação sem amônia), é considerada pela empresa tão impactante quanto a chegada do iPod.

João Brito/Folhapress
Tonalisantes e kits de coloração permanente sem amônia
Tonalisantes e kits de coloração permanente sem amônia
Exageros à parte, o produto traz uma inovação importante. A amônia, substância que abre a fibra do cabelo para a entrada do corante, está entre os principais causadores de alergia em cosméticos.

Na fórmula nova, o que substitui a amônia é um mix de óleos minerais e monoetanolamina, substância já usada em tonalisantes, mas em menor concentração.

"A amônia incha a cutícula para o corante penetrar, isso danifica o fio. Já o óleo gel só desequilibra o pH e abre levemente a cutícula. O cabelo não perde tanto lipídeo, a cutícula é preservada", diz Carolina Jardim, gerente de educação da L'Oréal.

"Como a monoetanolamina não é irritante, pessoas que apresentam bolhas, coceira e vermelhidão do couro cabeludo com o uso das tinturas clássicas têm demonstrado pouca ou nenhuma irritação com Inoa", diz a gerente da marca.

Outro ponto importante é que, como a amônia é volátil, ela também é perigosa para os cabeleireiros. "Ela é altamente irritante para a parte respiratória, e no caso deles, pode causar uma doença ocupacional", diz a alergista Ana Paula Moschione Castro, presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia, regional SP.

Não que a nova química seja 100% segura. "Pode diminuir muito o efeito irritativo na pele, mas também pode causar reações."

Já o presidente da Wella Professional, Gonzalo Turueño, questiona tanto a eficácia da nova tintura quanto a "demonização" da amônia. "Diferentemente da amônia, as substâncias que não evaporam e não têm cheiro podem provocar outros problemas, porque ficam no couro cabeludo e são absorvidas", diz.

Além disso, o resultado final seria a principal barreira para o banimento do ativo. Segundo a Wella, que é a principal concorrente da L'Oréal, as colorações sem amônia  não alcançam determinadas nuances, e a cobertura também fica aquém.

Nem a condição de novidade é aceita pela concorrência: "Já existem tinturas permanentes sem amônia nos EUA e na Inglaterra, mas nenhuma com um resultado satisfatório", diz Turueño.

A L'Oréal se defende com números: mesmo sendo cerca de 10% mais cara do que as outras colorações, a versão sem amônia teve um crescimento de 11,5% das vendas no mundo, no primeiro semestre deste ano. Mais: a tintura "limpa" da marca alcançou 90% de aceitação nos 35 países em que já está sendo vendida.

APELO SENSORIAL

Ao se livrar da amônia, a linha Inoa também se livra dos perfumes usados em tinturas para disfarçar o cheiro original. A sessão fica mais agradável e há um componente irritante a menos na fórmula.

"Até hoje, o processo de coloração nunca foi relaxante", diz David Ross, diretor de marketing da divisão profissional. "Agora, sem cheiro ou ardência, esse processo vira um tratamento de beleza. E com os mesmos benefícios de uma coloração normal."

Empresa lança linha de tinturas permanentes livre de amônia


DANAE STEPHAN
Coceira e aquele cheiro forte das tinturas para cabelos podem estar com os dias contados. A francesa L'Oréal acaba de lançar no Brasil uma linha de tinturas permanentes livre de amônia.
Chamada de Inoa (Innovation No Amonia, inovação sem amônia), é considerada pela empresa tão impactante quanto a chegada do iPod.

João Brito/Folhapress
Tonalisantes e kits de coloração permanente sem amônia
Tonalisantes e kits de coloração permanente sem amônia
Exageros à parte, o produto traz uma inovação importante. A amônia, substância que abre a fibra do cabelo para a entrada do corante, está entre os principais causadores de alergia em cosméticos.

Na fórmula nova, o que substitui a amônia é um mix de óleos minerais e monoetanolamina, substância já usada em tonalisantes, mas em menor concentração.

"A amônia incha a cutícula para o corante penetrar, isso danifica o fio. Já o óleo gel só desequilibra o pH e abre levemente a cutícula. O cabelo não perde tanto lipídeo, a cutícula é preservada", diz Carolina Jardim, gerente de educação da L'Oréal.

"Como a monoetanolamina não é irritante, pessoas que apresentam bolhas, coceira e vermelhidão do couro cabeludo com o uso das tinturas clássicas têm demonstrado pouca ou nenhuma irritação com Inoa", diz a gerente da marca.

Outro ponto importante é que, como a amônia é volátil, ela também é perigosa para os cabeleireiros. "Ela é altamente irritante para a parte respiratória, e no caso deles, pode causar uma doença ocupacional", diz a alergista Ana Paula Moschione Castro, presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia, regional SP.

Não que a nova química seja 100% segura. "Pode diminuir muito o efeito irritativo na pele, mas também pode causar reações."

Já o presidente da Wella Professional, Gonzalo Turueño, questiona tanto a eficácia da nova tintura quanto a "demonização" da amônia. "Diferentemente da amônia, as substâncias que não
evaporam e não têm cheiro podem provocar outros problemas, porque ficam no couro cabeludo e são absorvidas", diz.

Além disso, o resultado final seria a principal barreira para o banimento do ativo. Segundo a Wella, que é a principal concorrente da L'Oréal, as colorações sem amônia  não alcançam determinadas nuances, e a cobertura também fica aquém.

Nem a condição de novidade é aceita pela concorrência: "Já existem tinturas permanentes sem amônia nos EUA e na Inglaterra, mas nenhuma com um resultado satisfatório", diz Turueño.

A L'Oréal se defende com números: mesmo sendo cerca de 10% mais cara do que as outras colorações, a versão sem amônia teve um crescimento de 11,5% das vendas no mundo, no primeiro semestre deste ano. Mais: a tintura "limpa" da marca alcançou 90% de aceitação nos 35 países em que já está sendo vendida.

APELO SENSORIAL

Ao se livrar da amônia, a linha Inoa também se livra dos perfumes usados em tinturas para disfarçar o cheiro original. A sessão fica mais agradável e há um componente irritante a menos na fórmula.

"Até hoje, o processo de coloração nunca foi relaxante", diz David Ross, diretor de marketing da divisão profissional. "Agora, sem cheiro ou ardência, esse processo vira um tratamento de beleza. E com os mesmos benefícios de uma coloração normal."

segunda-feira, 20 de setembro de 2010


Mortalidade por câncer entre mulheres caiu 10,5%,segundo estudo da USP


A taxa de mortalidade por câncer entre mulheres nas capitais brasileiras caiu 10,5% no período entre 1980 e 2004, aponta pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) publicada na revista da Associação Médica Brasileira. Entre os homens, a redução foi de 4,6%, ao longo dos 25 anos estudados. É uma das mais longas séries históricas sobre mortalidade por câncer com dados nacionais, e não regionais.

Em 1980, morriam por causa de câncer 105 mulheres a cada 100 mil habitantes. Em 2004, a taxa havia caído para 94 por 100 mil. Entre os homens, essa queda foi mais discreta - de 147,4 para 140,6 por 100 mil. O que mais contribuiu para essa redução foi a queda da mortalidade do câncer de estômago, afirma o médico Luiz Augusto Marcondes Fonseca, pesquisador do Departamento de Medicina Preventiva, que divide a autoria do trabalho com dois especialistas, os professores José Eluf-Neto e Victor Wunsch Filho.

“Possivelmente está diminuindo a incidência (de câncer de estômago) e isso ocorre em boa parte do mundo. Câncer é doença de longa produção, então o que se pensa é que a qualidade da comida está melhorando. Para preservar os alimentos, não se usa mais salgar ou defumar, que produzem substâncias carcinogênicas, por que se tem a geladeira”, afirma o especialista. A mortalidade de homens e mulheres por causa dessa doença foi cortada pela metade: a masculina caiu de 25 por 100 mil para 13 por 100 mil, e a feminina, de 12 por 100 mil para 6 por 100 mil habitantes.

Por outro lado, houve um aumento pequeno na taxa de mortalidade de mulheres por câncer de colo de útero e pulmão. Nos homens, subiu a mortalidade por câncer de próstata. “É correta a estratégia do Ministério da Saúde de focar campanhas que tratem da saúde do homem. Historicamente, sempre se teve programa de saúde infantil, materno-infantil, saúde da mulher. E o homem é quem menos se cuida”, diz Fonseca. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

domingo, 19 de setembro de 2010

Mortes de mulheres por complicações no parto caem 34% em 18 anos no mundo

Apesar da queda de 546 mil óbitos em 1990 para 358 mil em 2008, o fenômeno ainda é frequente em países mais pobres, na África e na Ásia


CARLOS ROBERTO
gravidez_oms
OMS atribui queda de mortes à formação adequada das parteiras e melhoria hospitalar
BRASÍLIA – A mortalidade de mulheres em consequência de problemas de gravidez e complicações no parto caiu 34% na comparação entre os anos de 1990 e 2008. Em 1990, foram registradas 546 mil mortes, enquanto em 2008 foram 358 mil. Mas ainda ocorrem cerca de mil mortes diárias de mulheres em decorrência de problemas relacionados à gestação.

A conclusão é do relatório Tendências da Mortalidade Materna, divulgado nesta quarta-feira (15) pela Organização Mundial da Saúde (OMS), pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa) e Banco Mundial.

Os especialistas informam que, apesar da redução, as mortes de mulheres grávidas ainda são frequentes principalmente nos países mais pobres, na África e Ásia. O estudo examinou a realidade das gestantes em 87 nações. As principais causas de mortes são hemorragia depois do parto, infecções, hipertensão e abortos.

“O risco de uma mulher em um país em desenvolvimento morrer de causas relacionadas à gravidez é aproximadamente 36 vezes maior do que para aquela que vive em um país desenvolvido”, afirmou a diretora executiva da OMS, Margaret Chan.

Segundo ela, os governos dos países onde as mulheres enfrentam mais riscos de morte têm buscado efetivar ações para evitar as mortes. De acordo com a diretora executiva, entre as medidas adotadas estão o incentivo à formação adequada para as parteiras e melhorias nas infraestruturas dos hospitais e centros de saúde.

O diretor executivo do Unicef, Anthony Lake, afirmou que o objetivo é desenvolver ações que melhorem a qualidade global da saúde materna e salvem vidas. Para ele, é fundamental que as medidas sejam adotadas em regiões menos privilegiadas, nas zonas rurais, nas áreas onde estão as famílias mais pobres e as minorais étnicas, além dos locais em conflito bélico permanente.

Para a diretora executiva do Unfpa, Thoraya Ahmed Obaid, os órgãos públicos e as entidades civis organizadas têm obrigação de garantir que a mulher consiga ter uma gestação segura e que a criança nasça bem. Segundo ela, um dos projetos que devem ser incentivados é a formação de profissionais de saúde, além de mais investimentos na área da saúde reprodutiva.

fonte:www.hojeemdia.com.br


sábado, 18 de setembro de 2010

Não devemos perder a esperança na humanidade.



Eu tenho pavor de baratas. Pavor e nojo. Muito nojo. Elas me provocam asco e me fazem perder o equilíbrio. Sempre que vejo uma, grito, arrepio e faço qualquer coisa para me livrar dela.

Imagino que esse meu sentimento seja compartilhado por uma infinidade de outras pessoas, já que as baratas são os insetos mais asquerosos que existem. Elas vivem em esgotos e se alimentam da putrefação humana e talvez, por isso  mesmo, as odiemos tanto. Afinal, elas sempre nos remetem ao nosso outro lado que não gostamos de revelar.

A barata é um inseto que jamais consegui achar uma única utilidade que seja para ele. Que só serve para viver em esgotos e lugares sujos e amedrontar as pessoas. 

Porém, nesta semana, qual não foi minha surpresa ao ver a descoberta de uma utilidade e grande, diga-se de passagem, da barata.  Fiquei pasma com os cientistas que  descobriram o lado bom da barata.

E confesso que desde esse dia, comecei a olhar nas baratas com um sentimento diferente, menos preconceituoso ou mais humano, digamos assim. E agora, passo a admitir também que, se  até uma barata tem o seu outro lado e pode contribuir para com a humanidade não devemos jamais perder a esperança na capacidade do ser humano de construir um mundo melhor.

Veja a matéria:
 
Pesquisa descobre potencial antibiótico em baratasCientista da Universidade de Nottingham, no Reino Unido, descobre que baratas são verdadeiros depósitos de substâncias capazes de matar 90% das chamadas superbactérias



Rodrigo Craveiro - Correio Braziliense
Publicação: 17/09/2010 07:55 Atualização: 17/09/2010 08:06

A pesquisa descobriu que substâncias presentes no tecido nervoso permitem à barata viver nos ambientes mais inóspitos  (Sam Yeh/AFP)
A pesquisa descobriu que substâncias presentes no tecido nervoso permitem à barata viver nos ambientes mais inóspitos
São mais de 4 mil espécies, mas apenas quatro povoam os ralos e armários das casas. Saem dos esgotos para espalhar repulsa e pânico em algumas pessoas. Se causam tanto mal-estar em boa parte da população mundial, provocam curiosidade em cientistas. O paquistanês Naveed Ahmed Khan, professor de microbiologia da Universidade de Nottingham, no Reino Unido, quis saber porque elas sobrevivem aos ambientes mais pestilentos e inóspitos. Descobriu que o tecido nervoso das baratas contém moléculas capazes de matar 90% das Staphylococcus aureus resistentes à meticilina (MRSA) — as chamadas superbactérias, causadoras de graves infecções hospitalares — e das Escherichia coli, sem danificar as células humanas. Em tese, o cérebro das baratas é uma espécie de depósito rico em potenciais antibióticos.

“Como esses organismos habitam os mais asquerosos locais conhecidos pelo homem e são bem-sucedidos mesmo na presença de superbactérias, minha hipótese era de que eles deviam ter algum tipo de defesa”, explica Naveed ao Estado de Minas, em entrevista por e-mail. “Testamos essa teoria e vimos que ela é verdadeira.” O especialista deduziu que o sistema nervoso das baratas precisaria ser continuamente protegido. Caso contrário, o inseto morreria. “O cérebro é a parte mais resguardada de qualquer organismo. Então, fez sentido que encontrássemos potenciais atividades microbianas ali”, diz.

Naveed concluiu que as estruturas periféricas do sistema nervoso desses insetos podem sofrer avarias, mas não o suficiente para matá-los. “Identificamos nove diferentes moléculas (proteínas) nos lisados (produto da dissolução de células de um tecido) que eram tóxicos às superbactérias”, conta. Ele espera agora que essas substâncias sejam sintetizadas em tratamentos para infecções bacterianas resistentes às drogas atuais. “Esses novos antibióticos fornecem alternativas para medicamentos atualmente disponíveis que são eficientes, mas têm efeitos coletareis graves e indesejáveis”, comenta.

De acordo com o cientista, pesquisas preliminares indicam que as proteínas naturais têm atividade potente contra bactérias gram-negativas, como a neuropatogênica Escherichia coli e gram-positivas, como as MRSA. “Por meio de ferramentas analíticas — como o espectrômetro de massa e a ressonância nuclear magnética —, estamos estudando as estruturas moleculares para determinar suas inovações”, relata o professor de Nottingham. “Esperamos submetê-las a testes clínicos e levá-las às farmácias nos próximos cinco ou 10 anos. Uma vez que conheçamos toda a estrutura protéica, seremos capazes de sintetizá-la em grandes quantidades, no laboratório”, acrescenta.

Por enquanto, Naveed e seus colegas concentram seu trabalho nas baratas de laboratório. A expectativa em relação às espécies de esgoto (Periplaneta americana) é ainda mais otimista. “As baratas de esgoto devem ter muito mais atividades moleculares. Por isso, o futuro de descobertas de antibióticos a partir desses insetos é muito próspero”, admite. O britânico Simon Lee, pesquisador da pós-graduação na Universidade de Nottingham e coautor do estudo, explicou que não causa surpresa o fato de os insetos secretarem suas próprias substâncias antimicrobianas. “Os insetos frequentemente vivem em ambientes sem saneamento e sem higiene, onde encontram muitos tipos diferentes de bactéria. Por isso, é lógico que eles tenham desenvolvido meios de se proteger contra os micro-organismos”, lembra Lee.

Gafanhotos


As baratas não são os únicos seres quase indestrutíveis pelas superbactérias. Uma simples observação levou Naveed a concluir que os gafanhotos gozam do mesmo mecanismo de defesa. “Estávamos intrigados com os insetos antimicrobianos, pois percebemos que muitos soldados retornavam de diferentes partes do mundo com infecções incomuns. Enquanto os gafanhotos, que viviam nas mesmas regiões, eram incólumes à presença de superbactérias”, acrescenta. O paquistanês usou a linha de raciocínio adotada com as baratas e detectou a presença das mesmas moléculas no cérebro do inseto.