Acho inadmissível que em pleno século 21 ainda existam homens que espanquem suas mulheres. Porém, é ainda mais inadmissível que muitas mulheres vítimas de violência doméstica ainda se mantenham caladas e amedrontadas diante de seus algozes.
Uma das formas de se alterar essa realidade é através das denúncias. Segundo dados colhidos e divulgados pelo 180, que é o número da Central de atendimento à mulher, as mulheres estão mais corajosas e procurando denunciar a violência que sofrem.
Se você também é vítima de violência ou conhece alguém que o seja, procure uma delegacia de mulheres e registre esse crime antes que seja tarde demais ou ligue para o 180 para que possa receber ajuda e promover a justiça.
Não seja omissa. Denuncie os homens que atacam, ofendem e violentam física ou psicologicamente suas mulheres. Mulheres que muitas vezes se calam porque dependem financeira ou emocionalmente desses homens.
Confira agora a reportagem que mostra como cresceu o número de atendimentos realizados pelo 180 no primeiro semestre de 2010:
O total de atendimentos realizados pelo Ligue 180 --Central de Atendimento à Mulher-- entre janeiro e junho, subiu 112% em relação ao mesmo período do ano passado, chegando a 343.063 atendimentos. O telefone é específico para receber queixas de violência doméstica contra a mulher.
Dentre eles, foram feitos 62.301 relatos de violência, a maior parte delas física (36.059). Situações de tráfico de pessoas e de cárcere privado também foram registradas, totalizando 229 e 239 casos respectivamente.
Os dados apontam que em 68,1% dos casos de violência relatados os filhos estavam presentes e que em 69,7% deles a mulher declarou não se financeiramente dependente do agressor.
Proporcionalmente à população feminina, a maior quantidade de atendimentos teve origem no Distrito Federal, em Tocantins e no Pará.
O Ligue 180 é mantido pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres e funciona desde 2005, considerando o período de implantação.
O serviço oferece informações sobre a Lei Maria da Penha e sobre e rede de atendimento à mulher. Em casos mais graves, a polícia e o Ministério Público são acionados.
O aumento dos atendimentos não significa necessariamente um aumento da violência doméstica. Um dos motivos que explicam o crescimento é a maior divulgação do serviço.
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