Mulher Eterna, com Déborah Rajão. Um blog voltado para o universo feminino
segunda-feira, 11 de julho de 2011
Traição feminina é associada a hormônio.
Recentemente fiz uma entrevista no programa Revista da Tarde, na Rádio Inconfidência AM 880, sobre a traição. A entrevistada foi a médica endocrinologista e psicanalista, Dra. Soraya Hissa de Carvalho, que, de quinze em quinze dias, participa do nosso programa, no quadro Viver e Conviver.
E um dos assuntos tratados, durante a conversa, foi a traição feminina. Perguntei a ela por que as mulheres hoje traem mais, uma vez que a traição sempre foi mais comum entre as pessoas do sexo masculino. Dra. Soraya enfatizou que esse aumento da infidelidade feminina deve-se, principalmente, à disseminação da pílula anticoncepcional. A pílula teria libertado a sexualidade da mulher, sempre atrelada à concepção.
Mas, o que leva uma mulher a trair seu parceiro? Por que será que algumas mulheres têm mais coragem e não se intimidam nem um pouco em trair seu companheiro?
Um estudo realizado recentemente, na Universidade do Texas, pode ter a resposta para esta pergunta. É o que você vai ler, a seguir, nesta matéria divulgada, nesta quinta-feira, pela BBCBrasil.com.
Estudo liga infidelidade feminina a hormônio.
Mulheres com uma concentração mais elevada de um hormônio ligado à auto-estima que as faz se considerarem atraentes, têm mais chances de ter casos extraconjugais e trocar de parceiros com freqüência, segundo um estudo realizado nos Estados Unidos.
A pesquisa da Universidade do Texas, em Austin, relaciona o nível de auto-estima com a quantidade do hormônio estradiol . De acordo com o estudo, as mulheres com mais hormônio desse tipo, tendem a se achar mais bonitas e a serem consideradas mais atraentes por outras pessoas.
Os cientistas afirmam que essas mulheres têm a tendência a se sentirem menos satisfeitas com seus parceiros e menos comprometidas com eles, em um comportamento que os autores do estudo chamam de "monogamia oportunista em série".
Segundo eles, isso se deve a um "instinto" de buscar parceiros com mais qualidades.
Bons parceiros
Na natureza, é difícil conseguir um parceiro que seja ao mesmo tempo um bom provedor de estabilidade para a família e que tenha bons genes para procriar. Por isso, muitas mulheres alternam um relacionamento mais duradouro com aventuras com homens mais atraentes", explica a psicóloga Kristina Durante, a principal autora da pesquisa, publicada na revista Biology Letters, da Royal Society. Segundo ela, as mulheres mais bonitas demandam mais os dois tipos de recursos por parte do parceiro e procuram um padrão de qualidade que às vezes é difícil de conseguir.
A psicóloga afirma que é por isso que muitas mulheres não se sentem obrigadas a se comprometer com um determinado parceiro se aparecer outro com melhores “qualidades”..
O hormônio estradiol está ligado à fertilidade e à saúde reprodutiva da mulher. Estudos realizados no passado mostram que o estradiol alimenta o desejo de poder em mulheres solteiras. Segundo essas pesquisas, aquelas mulheres que não tomam pílulas anticoncepcionais estão ainda mais vulneráveis ao hormônio.
Duradouro
Para o estudo da Universidade do Texas, os pesquisadores analisaram os hormônios presentes na saliva de 52 universitárias com idades entre 17 e 30 anos, em dois estágios de seu ciclo menstrual.
As voluntárias também falaram sobre a história sexual delas e avaliaram a própria aparência. A seguir, elas receberam notas, no mesmo quesito, de outros jovens estudantes de ambos os sexos. As voluntárias com maior nível de estradiol tinham mais histórias de paqueras e de casos com outros homens além de seu parceiro fixo.
Mas, elas também se mostraram mais envolvidas em relacionamentos duradouros do que em romances passageiros ou "ficadas". Essas mulheres parecem adotar uma estratégia de 'monogamia serial', em que buscam sempre um parceiro melhor para a reprodução, explica a psicóloga. "Não é o sexo casual que as interessa."
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